terça-feira, 26 de março de 2024

Técnicas de Reeducação Mental

Texto para conhecimento da equipe dirigente e prepostos. 


Mensagens subliminares

Apesar de, atualmente, as mensagens subliminares serem muito relacionadas a músicas tocadas ao contrário, elas têm uma origem muito mais obscura. Em 1956, durante a projeção de um filme chamado “Picnic” (que no Brasil chegou aos cinemas batizado de “Férias de Amor”), um cinema norte-americano exibiu uma mensagem estimulando o consumo de um refrigerante em alguns quadros.

Quem estava no cinema não conseguia perceber a mensagem, mas os resultados foram surpreendentes. Segundo o site Mundo Subliminar, o aumento nas vendas do refrigerante no dia foi de 57%. Isso com apenas alguns quadros de mensagens escondidas, técnica que foi aprimorada com o tempo.

No final da década de 1990, a MTV norte-americana foi processada por utilizar algo parecido em suas propagandas. Ao mesmo tempo em que passava as vinhetas, uma série de imagens era mostrada na tela, incluindo fotografias pornográficas de meninas amarradas em alguns poucos quadros, quase imperceptíveis. Isso deixava as pessoas muito perturbadas – mais do que o normal – com as vinhetas do canal.

Nesse caso da televisão, a intenção não era vender nenhum produto, mas foi muito útil para manter as pessoas perturbadas e atraídas ao mesmo tempo. Com isso, prolongava-se o tempo que cada espectador passava com o canal sintonizado.

Repetição e reprogramação

Você conhece o ditado que diz que “uma mentira contada mil vezes se transforma em uma verdade”? Pois o cérebro humano funciona mais ou menos dessa maneira e, quando não estamos preparados, acabamos acreditando em mensagens que são repetidas inúmeras vezes, mesmo que elas não sejam as mais sinceras.

Dessa maneira, palestrantes dos mais diversos tipos conseguem fazer com que seu público seja convencido de diversas “verdades”. Essa técnica, aliada às práticas de reprogramação, pode causar muitas mudanças de comportamento e mentalidade nas pessoas que foram atingidas pela “lavagem cerebral”.

Geralmente, os oradores começam seus discursos baixando a confiança dos ouvintes, fazendo com que eles se sintam muito mal. Depois, começam a mostrar que o melhor jeito de superar os problemas relacionados aos seus erros – que acabaram de ser apontados – é seguir os passos do palestrante.

Em uma plateia com 200 pessoas, pelo menos metade se deixa levar pelas frases impactantes proferidas. Com grande frequência, as pessoas que fazem este tipo de reprogramação utilizam discursos vagos, que podem ser encaixados na vida de qualquer um. Assim, todos se sentem imersos no assunto e enxergam a salvação no orador.

Isso vale para diversas situações, sendo que as mais comuns são as ofertas de produtos. “Bons” vendedores conseguem convencer seus clientes de que eles possuem itens obsoletos e dispensáveis, sendo que somente o que eles oferecerem pode suprir todas as necessidades naquele momento.

Ritmo e progressão

Algumas das técnicas mais eficientes para reeducação de pensamento exigem a utilização de frases e sons ritmados, capazes de fazer com que os ouvintes sejam imersos na atmosfera que o orador está criando. Quanto maior a multidão, mais fácil se torna esse processo – desde que o palestrante conheça e domine as práticas utilizadas.

Músicas calmas de fundo conseguem prender a atenção das pessoas, ao mesmo tempo em que podem incitar a fúria ou a paz, dependendo da intenção dos locutores. O ritmo da fala também deve seguir alguns padrões: os palestrantes geralmente começam ternos e vão ganhando paixão com o decorrer do tempo, até chegar ao ápice. Essa progressão rítmica raramente falha em multidões.

Merchandising

A todo o momento você pode ver propagandas na televisão, sempre mostrando o quanto alguns produtos são superiores a outros. Mas você pode nem perceber que os comerciais começam antes mesmo de o intervalo ser anunciado. Em filmes e novelas, é muito comum o aparecimento de produtos de marcas famosas sendo consumidos pelos mocinhos da história.

Esse tipo de inserção costuma gerar muitos resultados para as empresas anunciantes, apesar de custar um preço bastante alto. Há estimativas de que, em horário nobre, personagens das novelas não bebem um refrigerante por menos de 500 mil reais (isso em 2002, conforme mostrado por um documento do Observatório da Imprensa).

Se o produto apenas aparecer, sem ser consumido, o valor pode cair vários milhares de reais. Por outro lado, se além de utilizado, for elogiado, o preço do anúncio gera lucros bem interessantes para a emissora responsável. E você acha que isso não influencia você de maneira nenhuma?

Então pare para pensar nos seus tempos de colégio. Quantas meninas utilizavam adornos indianos quando a Índia era tema de uma novela do horário nobre? E os meninos que tinham apelidos inspirados nos personagens de desenhos animados? É assim que acontece o estímulo ao consumo.

quinta-feira, 21 de março de 2024

Urgente

 Em vista de recentes problemas com relação à incorporação do terreno onde ficava nosso antigo estúdio de gravações, divulgamos as seguintes orientações para o conhecimento de toda a equipe de trabalho e corpo gerencial.


Tratamento e Descarte de Resíduos Biológicos Infectantes

6 min de leitura

Resíduos biológicos infectantes são uma fonte de contaminação capazes de causar doenças e comprometer o meio ambiente e a saúde pública. Por isso são necessários procedimentos especiais para o seu tratamento e eliminação. Geralmente, são produzidos por hospitais, laboratórios e outros estabelecimentos de serviços de saúde.

O gerenciamento dos resíduos biológicos requer um conjunto de procedimentos que devem ser cuidadosamente planejados e implementados. Dessa forma, é possível prevenir a propagação de doenças, minimizar os impactos ambientais e também permanecer em conformidade com os regulamentos e as leis aplicáveis.

Assim, os resíduos gerados têm um tratamento eficiente e um destino adequado, sendo as instituições geradoras responsáveis pela manipulação, armazenamento e eliminação.

 

O que são Resíduos Biológicos Infectantes?

“Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, possam apresentar risco de infecção”.

Está é a descrição que está de acordo com a Resolução Nº 306 de 07 de dezembro de 2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA nº 358 de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e disposição final de resíduos de serviços de saúde e dá outras providências, classificando ainda o resíduo biológico infectante como pertencentes ao Grupo A.

 

Grupo A1

  • Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, descarte de vacinas de micro-organismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
  • Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica, micro-organismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença.
  • Bolsas transfusionais contendo sangue e aquelas oriundas de coleta incompleta.
  • Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde.

 

Grupo A2

  • Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de micro-organismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de micro-organismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.

 

Grupo A3

  • Peças anatômicas humanas; produto de fecundação sem sinais vitais, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição por pacientes ou familiares.

 

Grupo A4

  • Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
  • Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
  • Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de Disseminação.
  • Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere esse tipo de resíduo.
  • Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
  • Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica.
  • Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de micro-organismos, bem como suas forrações.
  • Bolsas transfusionais vazias ou com residual pós-transfusão.

 

Grupo A5

  • Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.

 

Qual é o processo para tratamento desses resíduos?

É obrigatória a segregação dos resíduos no momento da geração, de acordo com a classificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA RDC, N° 306 de 07 de dezembro de 2004 e CONAMA, submetendo-os à inativação microbiana, pela própria unidade geradora.

Todos os resíduos infecciosos devem ser coletados em sacos autoclaváveis.

O item que deve ser jogado fora é colocado antes dentro dos sacos e submetidos ao processo de autoclavação para prévia inativação microbiana.

Após este processo o saco com os produtos devem ser colocados em sacos de lixo especiais para lixo infectante (saco branco).

O que é a autoclavagem?

Uma autoclave utiliza vapor pressurizado para descontaminar resíduos infecciosos. Esse esterilizador a vapor é uma câmara de pressão de isolamento em que o vapor é usado para elevar a temperatura. Autoclaves geralmente operam a uma temperatura de 121 ° C e a sua eficácia depende do tempo, da temperatura e do vapor em contato direto com agentes infecciosos.

 

Qual é o processo de descarte dos resíduos infecciosos?

Após o tratamento, os resíduos devem ser acondicionados em sacos brancos, contendo o símbolo universal de risco biológico de tamanho compatível com a quantidade.

É proibido esvaziar ou reaproveitar os sacos, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma vez a cada 24 horas. A deposição em aterro pode ser realizada somente depois de cumprida estas etapas.

O objetivo do gerenciamento de resíduos biológicos infecciosos é proteger a saúde e a segurança da comunidade e preservar o ambiente e os recursos naturais.