sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Planejamento das Instalações de Canteiro de Obras


Planejamento das Instalações de Canteiro de Obras

O planejamento da implantação de uma unidade produtiva é uma atividade complexa, na qual interferem diversos profissionais e apresenta uma série de etapas, tais como: estudos de viabilidade de implantação, estudos locacionais, elaboração de projeto das instalações, compra de equipamentos e materiais necessários à execução do projeto, construção e montagem das instalações, etc.
 
Planejamento do Canteiro de Obras
 
 
Estas atividades devem ser executadas buscando obter uma maximização dos lucros oriundos deste empreendimento através da eliminação de “disfunções” do sistema produtivo, que são:
  1. a) “A alocação de recursos produtivos a uma determinada atividade, em quantidades superiores às necessárias, o que gera uma ociosidade na utilização desses recursos;
  2. b) A existência de transportes em quantidade e distâncias superiores às indispensáveis (ou melhor dizendo, não elimináveis), representando dispêndio inútil de recursos produtivos, já que a simples movimentação de materiais não os modifica e, logo, não lhes agrega valor;
  3. c) A ocorrência de pausas não programadas no processo, em decorrência da ausência do trabalhador em seu posto, ou mesmo devido a um ritmo de trabalho mais lento que o planejado;
  4. d) A ocorrência de acidentes e/ou doenças do trabalho, devidos ao transporte, manuseio e armazenagem de materiais feitos de forma inadequada.” (RODRIGUES, 1985).

Planejamento do Canteiro de Obras 1
 
Muitas destas disfunções podem ser eliminadas no momento da elaboração do projeto de arranjo físico que, segundo MOORE (1962), é o plano ou ato de planejar um arranjo ótimo dos recursos produtivos, incluindo pessoal, equipamentos de operação, espaço para estoque, equipamentos de movimentação de materiais e todos os demais serviços envolvidos. Em termos gerais, um projeto de layout ótimo é aquele que fornece máxima satisfação para todas as partes envolvidas, resultando nos seguintes objetivos:
 
1- Simplificação total;
2- Minimizar custos de movimentações de materiais;
3- Implementar alta rotatividade de trabalho em processo;
4- Prover a efetiva utilização do espaço;
5- Prover a satisfação e segurança do trabalhador;
6- Evitar investimentos desnecessários de capital;
7- Estimular a efetiva utilização da mão-de-obra.
 
No caso da construção de edifícios, verifica-se a inexistência de um procedimento formal para a elaboração dos projetos de arranjo físico, em função de diversos fatores.
MESEGUER (1991) coloca que “a construção é uma indústria de caráter nômade”, o que sem dúvida alguma dificulta o planejamento e organização do canteiro.
Na construção, as instalações são chamadas “provisórias” e possuem durabilidade muitas vezes bem inferior ao tempo de execução da obra, uma vez que muitas vezes o escritório, alojamento, almoxarifado, entre outros, precisam ser transferidos, tão logo haja pavimento construído suficiente para abrigá-los. Esta característica leva o empresário da construção a não querer investir uma quantia mais significativa com estas instalações, que normalmente são feitas de madeira, em caráter realmente temporário, muitas vezes de improviso.
Estes são apenas alguns dos fatores que contribuem para a existência de “disfunções” no sistema produtivo da construção de edifícios, provocando reflexos diretos na qualidade e produtividade do mesmo.
 
 

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