sexta-feira, 24 de maio de 2024

Peste Bubônica

 Para conhecimento dos responsáveis pela pesquisa do Projeto Purificação.


A peste é uma doença infecciosa aguda, transmitida principalmente por picada de pulga infectada. A doença se manifesta sob três formas clínicas principais:

  • bubônica;
  • septicêmica;
  • pneumônica.

A doença é conhecida popularmente como “peste negra”, “febre do rato” ou “doença do rato”.

Importante: A peste é um perigo potencial para as populações devido à persistência da infecção em roedores silvestres. Se não tratada corretamente, pode levar à morte.

TRANSMISSÃO

A transmissão da Peste na forma bubônica ocorre por meio da picada de pulgas infectadas. Na forma pneumônica, a transmissão se dá por gotículas aerógenas lançadas pela tosse no ambiente. A maior transmissibilidade se dá no período sintomático, em que o bacilo circula no organismo em maiores quantidades. A transmissibilidade da peste pneumônica ocorre no início da expectoração, permanecendo enquanto houver bactérias no trato respiratório.

O período de incubação geralmente é de 2 a 6 dias na peste bubônica e de 1 a 3 dias na peste pneumônica. A peste continua sendo potencialmente perigosa em diversas partes do mundo. No Brasil, existem duas áreas distintas consideradas focos naturais:

  • o foco do nordeste;
  • foco de Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro.

Existem outras áreas pestígenas localizadas no território mineiro do vale do Rio Doce e vale do Jequitinhonha, que podem ser consideradas como extensão do foco do nordeste. O foco do nordeste encontra-se distribuído nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco (com pequena extensão para o Piauí), Alagoas e Bahia. O Brasil não registra casos humanos de peste desde ano de 2005. O último caso ocorreu no estado do Ceará, no município de Pedra Branca.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico laboratorial da Peste é feito mediante o isolamento e a identificação da bactéria Y. pestis em amostras de aspirado de bubão, escarro e sangue. Pode-se realizar imunofluorescência direta e também sorologia, por meio das técnicas de hemaglutinação/inibição da hemaglutinação (PHA/PHI), ELISA, Dot-ELISA, e bacteriológica por meio de cultura e hemocultura. No diagnóstico diferencial, a peste bubônica deve ser diferenciada de adenites regionais supurativas, linfogranuloma venéreo, cancro mole, tularemia e sífilis. Em alguns focos brasileiros, a peste bubônica pode, inclusive, ser confundida com a leishmaniose tegumentar americana, na sua forma bubônica.

A forma septicêmica deve ser diferenciada de septicemias bacterianas, das mais diversas naturezas, e de doenças infecciosas de início agudo e de curso rápido e grave. Nas áreas endêmicas de tifo exantemático, tifo murino e febre maculosa, pode haver dificuldade diagnóstica com a septicemia pestosa. A peste pulmonar, pela sua gravidade, deve ser diferenciada de outras pneumonias, broncopneumonias e estados sépticos graves.

A suspeita diagnóstica pode ser difícil no início de uma epidemia ou quando é ignorada a existência da doença em uma localidade, já que suas primeiras manifestações são semelhantes a muitas outras infecções bacterianas. A história epidemiológica compatível facilita a suspeição do caso.

TRATAMENTO

O tratamento da peste deve ser feito com antibióticos. Ele deve ser instituído precoce e intensivamente. Não se deve, em hipótese alguma, aguardar os resultados de exames laboratoriais, devido à gravidade e rapidez da instalação do quadro clínico que a peste provoca.

O ideal é que se institua a terapêutica específica nas primeiras 15 horas após o início dos sintomas, para evitar complicações e morte.

PREVENÇÃO

Algumas medidas simples podem ser adotadas para prevenir a Peste. 

  • Evitar contato com roedores silvestres e suas pulgas.

  • Evitar contato com animais sinantrópicos, que se adaptaram a viver junto ao homem, pois eles podem estar infestados por pulgas infectadas.