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terça-feira, 4 de junho de 2024

Peste Negra

Peste negra

A peste negra (século XIV) foi a mais devastadora pandemia de que se teve notícia na história. Cerca de um terço da população europeia morreu vitimada pela peste.

A peste negra é uma doençcausada pelo bacilo Yersinia pestis, que desencadeou uma pandemia, isto é, uma proliferação generalizada, que ocorreu na segunda metade do século XIV, na Europa, matando um terço da população desse continente. Essa peste integrou a série de acontecimentos que contribuíram para a crise da Baixa Idade Média, como as revoltas camponesasa Guerra dos Cem Anos e o declínio da cavalaria medieval.

Origem e propagação da peste negra

A peste negra tem sua origem no continente asiático, precisamente na China. Sua chegada à Europa está relacionada às caravanas de comércio que vinham da Ásia através do Mar Mediterrâneo e aportavam nas cidades costeiras europeias, como Veneza e Gênova. Calcula-se que cerca de um terço da população europeia tenha sido dizimada por conta da peste.

A propagação da doença, inicialmente, deu-se por meio de ratos e, principalmente, pulgas infectados com o bacilo, que acabava sendo transmitido às pessoas quando essas eram picadas pelas pulgas – em cujo sistema digestivo a bactéria da peste multiplicava-se. Num estágio mais avançado, a doença começou a se propagar por via aérea, por meio de espirros e gotículas.

Contribuíam com a propagação da doença as precárias condições de higiene e habitação que as cidades e vilas medievais possuíam – o que oferecia condições para as infestações de ratazanas e pulgas.

Outro fenômeno da época em que se desencadeou a peste foi a atribuição da causa da moléstia aos povos estrangeiros, notadamente aos judeus. Os judeus, por não serem da Europa e por, desde a Idade Antigaviverem em constante migração, passando por várias regiões do mundo até se instalarem nos domínios do continente europeu, acabaram por se tornarem o “bode expiatório” das multidões enfurecidas. Milhares de judeus foram mortos durante a eclosão da peste.

Uma das tentativas de compreensão do fenômeno mortífero da peste negra pode ser vista nas representações pictóricas da chamada “A dança macabra”, ou “A Dança da Morte”. As pinturas que retratavam a “dança macabra” apresentavam uma concepção nítida da inexorabilidade da morte e da putrefação do corpo. Nestas pinturas, aparecem sempre esqueletos humanos “dançando” em meio a todo tipo de pessoa, desde senhores e clérigos até artesãos e camponeses – evidenciando assim o caráter universal da morte.

Sintomas da peste negra

Como ainda não havia um desenvolvimento satisfatório da ciência médica nesta época, não se sabia as causas da peste e tampouco os meios de tratá-la ou de sanear as cidades e vilas. A peste foi denominada “negra” por conta das afecções na pele da pessoa acometida por ela, isto é, a doença provocava grandes manchas negras na pele, seguidas de inchaços em regiões de grande concentração de gânglios do sistema linfático, como a virilha e as axilas.

Esses inchaços também eram conhecidos como “bubões”, por isso a peste negra também é conhecida como peste bubônica. A morte pela peste era dolorosa e terrível, além de rápida, pois variava de dois a cinco dias após a infecção. 

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Peste Bubônica

 Para conhecimento dos responsáveis pela pesquisa do Projeto Purificação.


A peste é uma doença infecciosa aguda, transmitida principalmente por picada de pulga infectada. A doença se manifesta sob três formas clínicas principais:

  • bubônica;
  • septicêmica;
  • pneumônica.

A doença é conhecida popularmente como “peste negra”, “febre do rato” ou “doença do rato”.

Importante: A peste é um perigo potencial para as populações devido à persistência da infecção em roedores silvestres. Se não tratada corretamente, pode levar à morte.

TRANSMISSÃO

A transmissão da Peste na forma bubônica ocorre por meio da picada de pulgas infectadas. Na forma pneumônica, a transmissão se dá por gotículas aerógenas lançadas pela tosse no ambiente. A maior transmissibilidade se dá no período sintomático, em que o bacilo circula no organismo em maiores quantidades. A transmissibilidade da peste pneumônica ocorre no início da expectoração, permanecendo enquanto houver bactérias no trato respiratório.

O período de incubação geralmente é de 2 a 6 dias na peste bubônica e de 1 a 3 dias na peste pneumônica. A peste continua sendo potencialmente perigosa em diversas partes do mundo. No Brasil, existem duas áreas distintas consideradas focos naturais:

  • o foco do nordeste;
  • foco de Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro.

Existem outras áreas pestígenas localizadas no território mineiro do vale do Rio Doce e vale do Jequitinhonha, que podem ser consideradas como extensão do foco do nordeste. O foco do nordeste encontra-se distribuído nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco (com pequena extensão para o Piauí), Alagoas e Bahia. O Brasil não registra casos humanos de peste desde ano de 2005. O último caso ocorreu no estado do Ceará, no município de Pedra Branca.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico laboratorial da Peste é feito mediante o isolamento e a identificação da bactéria Y. pestis em amostras de aspirado de bubão, escarro e sangue. Pode-se realizar imunofluorescência direta e também sorologia, por meio das técnicas de hemaglutinação/inibição da hemaglutinação (PHA/PHI), ELISA, Dot-ELISA, e bacteriológica por meio de cultura e hemocultura. No diagnóstico diferencial, a peste bubônica deve ser diferenciada de adenites regionais supurativas, linfogranuloma venéreo, cancro mole, tularemia e sífilis. Em alguns focos brasileiros, a peste bubônica pode, inclusive, ser confundida com a leishmaniose tegumentar americana, na sua forma bubônica.

A forma septicêmica deve ser diferenciada de septicemias bacterianas, das mais diversas naturezas, e de doenças infecciosas de início agudo e de curso rápido e grave. Nas áreas endêmicas de tifo exantemático, tifo murino e febre maculosa, pode haver dificuldade diagnóstica com a septicemia pestosa. A peste pulmonar, pela sua gravidade, deve ser diferenciada de outras pneumonias, broncopneumonias e estados sépticos graves.

A suspeita diagnóstica pode ser difícil no início de uma epidemia ou quando é ignorada a existência da doença em uma localidade, já que suas primeiras manifestações são semelhantes a muitas outras infecções bacterianas. A história epidemiológica compatível facilita a suspeição do caso.

TRATAMENTO

O tratamento da peste deve ser feito com antibióticos. Ele deve ser instituído precoce e intensivamente. Não se deve, em hipótese alguma, aguardar os resultados de exames laboratoriais, devido à gravidade e rapidez da instalação do quadro clínico que a peste provoca.

O ideal é que se institua a terapêutica específica nas primeiras 15 horas após o início dos sintomas, para evitar complicações e morte.

PREVENÇÃO

Algumas medidas simples podem ser adotadas para prevenir a Peste. 

  • Evitar contato com roedores silvestres e suas pulgas.

  • Evitar contato com animais sinantrópicos, que se adaptaram a viver junto ao homem, pois eles podem estar infestados por pulgas infectadas.